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Atualizado: 28 de set. de 2020

O ministro do meio ambiente tentando “passar a boiada” nas normas ambientais. O desmatamento ilegal crescente durante a pandemia. Bases do Projeto Tamar sendo fechadas. A publicação de estudos demonstrando que o processo de extinção de espécies está mais acelerado do que imaginávamos. Dentre tantas notícias ruins, é impossível não ter um olhar pessimista sobre a questão ambiental atual. Eu, inclusive, iria escrever sobre isso nessa semana. Sobre como parece que estamos saindo dos trilhos e retrocedendo em algumas áreas. Mas duas coisas me fizeram mudar de ideia e adotar uma postura mais positiva sobre o momento atual.

A primeira foi o Sr. Laerte, que eu conheci recentemente em uma cidade do interior de Minas. Com cerca de 70 anos de idade, uma energia invejável e um “jeitinho mineiro de ser”, ele me mostrou que é possível acompanhar o progresso tecnológico e ao mesmo tempo compreender e proteger a natureza ao seu redor. 

O segundo foi um vídeo do Observatório de Política Ambiental (disponível aqui). Nele o professor Alberto Fonseca me lembrou que é necessário olhar para trás. É necessário olhar para a história. Precisamos ver o que éramos e o que nos tornamos para projetar o que queremos ser. Vale para sua vida e para a política ambiental. 


Hoje é possível conversar com praticamente qualquer pessoa (da criança ao idoso) sobre lixo, reciclagem, economia de água, a mudança do clima ou desmatamento. Empresas dos mais diversos segmentos avaliam a sua responsabilidade socioambiental. Isso era praticamente impossível há poucas décadas. A questão ambiental tornou-se presente na vida das pessoas e empresas. Está nos noticiários, na embalagem dos produtos, nas redes sociais. Mesmo pessoas que não atuam nessa área possuem uma bagagem de informação muito grande sobre a necessidade da conservação dos recursos naturais. E nesse ponto, avançamos.

É verdade que temos problemas gravíssimos, grandes desafios pela frente e que os mecanismos de comando e controle atuais são imperfeitos. Precisamos de novas ideias e soluções sim, mas também precisamos melhorar e aperfeiçoar o que já construímos. Precisamos de engajamento e mobilização dos mais diversos setores da sociedade para fazer as mudanças necessárias. E nesse aspecto o dia 5 de junho segue tendo um papel importantíssimo. Sigamos avançando.

Deise Miola é Bióloga, Mestre e Doutora em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre e fundadora da Artemis Ambiental.

Deise
Deise Miola

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