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Basta chegar o inverno e o período de estiagem para junto deles vir também os inúmeros e recorrentes focos de incêndio. O ser humano, apesar da sua grande capacidade de raciocínio, ainda vê no fogo uma fonte fácil e barata de se promover a limpeza de áreas. Seja para roçar uma área de pastagem que está com a vegetação muito alta, seja para exterminar um monte de lixo juntado num fim de uma rua sem saída ou num lote vago, seja para apenas queimar as folhas que foram varridas do quintal. 

 O grande problema aqui é a inconsequência do ato. O simples fato de atear fogo em folhas varridas do chão, ou na beira de um lote vago, pode alavancar uma série de problemas e impactos imensuráveis, muitas vezes nunca imaginados pelo agente causador. De forma geral o fogo descontrolado pode causar:


  • perda de umidade do solo;

  • acentuação de processos erosivos e outros dados à processos que degradam natural do solo;

  • aumento de dióxido de carbono na atmosfera;

  • poluição de rios e suas nascentes por meio das cinzas, transportadas para os leitos principalmente após as primeiras chuvas; 

  • destruição de habitat, aniquilação de espécies da fauna e flora, perca de nascentes e olhos d’água. 


 Além disso, há de se lembrar da sujeira trazida pelas cinzas, da poluição visual, dos problemas na saúde pública principalmente por consequência do aumento de crises respiratórias, e da invasão de áreas urbanas por animais da fauna exótica, peçonhentos ou não. 

 O fogo pode sim liberar nutrientes para o solo e promover a quebra de dormência de sementes, facilitando a regeneração natural da vegetação. Mas essa informação costuma ser erroneamente interpretada. Esse tipo de “fogo benéfico” favorece principalmente a vegetação do Cerrado, mas é de ocorrência natural. Ou seja, é provocado por descargas elétricas (raios), ocorre ao final da estação seca e é facilmente controlado pela chuva que cai logo em seguida.  Além disso, ele é registrado num intervalo de tempo muito grande, quando a vegetação já conseguiu se recuperar. 

 Porém o que acontece rotineiramente são incêndios de grandes proporções, numa mesma região e que muitas vezes ocorrem dentro de um mesmo ano, ou num intervalo de cerca de 12 meses (sempre no período de seca), trazendo assim os malefícios aqui apresentados. A grande dificuldade com relação à esta situação é a conscientização. As pessoas precisam entender os impactos gerados pelas queimadas para que cessem esta prática, tão danosa.

Neste sentido, entendo que a educação ambiental, e a transmissão de informação e conhecimento por meio de campanhas é a chave para minimizar o uso dessa prática. Cabe ao poder público, às associações e demais entidades estarem sempre atentas à esta necessidade. Todavia, cabe ao próprio ser humano a consciência de que o ato de atear fogo é crime, sujeito a penalidades, além de ser inconsequente e cruel. 


Ana Paula Marinho

Deise
Deise Miola

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