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Lobo-guará na Benedito Valadares, quati no bairro Jardins dos Ipês, seriemas no bairro Jardim América, tamanduá-mirim na Rua Sete Lagoas, jiboia no bairro Grão Pará, e veado-campeiro no Bairro Dom Bosco. Estes são só alguns dos exemplos ocorridos recentemente no município de Pará de Minas. Mas afinal, os animais selvagens estão invadindo a cidade, ou será que a população está invadindo o ambiente deles? 

Tamanduá-mirim resgatado na área urbana de Pará de Minas.

São diversos os registros de animais selvagens ao longo da zona urbana de Pará de Minas, assim como ocorre por todo o Brasil e, certamente, pelo mundo. Para estas ocorrências existem pelo menos duas principais explicações: 1) Fuga em busca de refúgio, ocorrência registrada principalmente em épocas de seca, onde as queimadas são mais frequentes; 2) busca de alimento fácil, já que há oferta pelas ruas, em lixeiras, ou até mesmo colocados por moradores. Todavia, ao longo de muitos anos, a principal explicação que leva a ocorrência cada vez mais frequente de animais selvagens no interior dos centros urbanos é o DESMATAMENTO.

Mas a cidade precisa que crescer! Claro! Só que NÃO de forma desordenada. É preciso estabelecer políticas públicas que visem alinhamento sobre o crescimento da população, a necessidade de urbanização de áreas, a sustentabilidade e conservação das espécies da flora e da fauna. Além das questões de gerenciamento ambiental e planejamento urbano é importante salientar também algumas ações que precisam ser tomadas pela população ao se deparar com estas situações. 

Em primeiro lugar, se encontrar um animal selvagem TOME DISTÂNCIA! Da mesma forma que você pode se sentir inseguro, ele também deve estar. Grandes movimentos ou barulhos podem deixar o animal mais agitado, com medo, gerando assim maiores riscos de acidentes. A segunda orientação é procurar por serviços de resgate, pessoas habilitadas para fazer o salvamento. Se o animal não estiver ferido, possivelmente ele será resgatado e solto na própria região, já em seu habitat natural. 

Além disso, nunca se deve alimentar animais silvestres, por mais que seja considerada uma boa ação, os animais não estão acostumados aos nossos alimentos, e principalmente aos nossos condimentos. Dar um pão, biscoito ou até mesmo uma fruta a um animal selvagem além de estar introduzindo alimentos fora de sua dieta comum, estamos ferindo o ciclo natural de vida dele, do instinto pela busca, pela caça. Assim ele acabará sendo motivado a busca pelo alimento fácil, e estará cada vez mais próximo das áreas urbanizadas, o que pode se tornar um problema. Tanto pela possibilidade de reprodução desordenada, quanto pelo risco de se tornarem vetores de doenças.

Lobo-guará resgatado.

Tatu-galinha registrado na área urbana de Pará de Minas, MG.

Devemos saber que a regra geral é o RESPEITO, para com nosso meio, e para o com meio natural. Preservar a natureza é uma questão social e humanitária. Só assim preveniremos a ocorrência de animais selvagens no ambiente urbano, ou seja, se deixarmos a “casa” deles intacta, os animais não precisarão vir até a nossa casa. 
Lembre-se: Ao encontrar um animal selvagem, não corra atrás dele feito um louco para fazer um vídeo “legal” e ser o primeiro a postar na rede social, ao invés disso avise as autoridades e busque o resgate o quanto antes, de forma a causar menor impacto possível a vida do bichinho. Zele pela vida selvagem!

Telefones uteis: 

· CORPO DE BOMBEIROS: 193
· CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES (37)3231-7755
· POLÍCIA AMBIENTAL: (37)3236-2230
· ONG AMA PANGEIA: (37) 3236-4100



Ana Paula Marinho



 

Deise
Deise Miola

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